O Provedor de Justiça esteve reunido ontem, 11 de julho, com Ministro Fernando Elísio Freire e a equipa de responsáveis dos serviços sob a tutela do Ministério da Família , Inclusão e Desenvolvimento Social.
O encontro serviu para levar ao Ministro as preocupações do mundo laboral que o Provedor recolheu aquando dos encontros que teve com Centrais Sindicais do país (UNTC-CS e CCSL), representantes dos trabalhadores, e com a Câmara de Comercio, Indústria e Serviços de Sotavento, representando o patronato e, ainda, com a Direção e da Inspeção Geral do Trabalho, representantes do Estado.
Informou ao Ministro que as preocupações, tanto dos sindicatos, como do patronato prendem-se com as alterações ao Código Laboral, com a morosidade dos processos laborais pendentes nos tribunais, com a necessidade de aprovação de um Código de Contraordenação laboral, com a fiscalização do cumprimento das condições laborais por parte da Inspeção Geral do Trabalho, bem como com o cumprimento do regime do seguro obrigatório de acidentes de trabalho.
Ressaltou o abnegado trabalho que a DGT e a IGT têm desempenhado, apesar dos constrangimentos relacionados com o número de técnicos, que é manifestamente reduzido para os desafios do dia a dia que enfrentam.
Informou ainda ao Ministro ter ficado satisfeito com a visita que efetuou ao ICIEG, pois pôde constatar que, apesar da pequena equipa e dos parcos recursos financeiros, o ICIEG tem desenvolvido um excelente trabalho, e que Provedoria se disponibilizou para colaborar na divulgação e sensibilização da Lei da VBG e da Lei da Paridade, bem como da prevenção do assédio sexual e moral no ambiente de trabalho, que carecem de uma maior apropriação por parte de toda a sociedade, em geral, e da administração pública, em particular.
O Ministro, por sua vez, informou ao Provedor que tomou boa nota das visitas realizadas e agradeceu os esforços que a Provedoria de Justiça tem realizado na defesa dos cidadãos, o que mostra a maturidade que a nossa democracia adquiriu. Esclareceu que, quanto à revisão do Código Laboral, o processo está ainda na fase de elaboração dos TDR, que foram discutidos e consensualizados no Conselho de Concertação Social, para posteriormente ser contratado o consultor que fará as alterações ao Código, que será discutido e aprovado pela Assembleia Geral. Acrescentou, ainda, que a lei sobre o assédio sexual também será alterada para abranger todos os níveis hierárquicos e, assim, responder à nova realidade laboral.